Na casa de Misaki seu pai está arrumando uns quadros quando ele entrou correndo e largou a mochila em cima do sofá.
Sr. Misaki: Você
demorou, meu filho!
Misaki: Desculpa,
pai. Mas eu vou ter que sair de novo.
Sr. Misaki:
Onde você vai?
Misaki: (saindo
pela porta) Eu já volto!
Sr. Misaki: Taro!
(olha para a porta) Já foi! Está escurecendo, espero que
volte logo.
Do lado de fora Hiei esperava de braços cruzados encostado no muro, quando Misaki voltou Hiei desencostou do muro.
Misaki: Pronto,
podemos ir agora.
Hiei: Vamos
então.
Os dois começam a andar.
Misaki: Hiei,
por que você não entrou comigo? Eu apresentaria você
a meu pai.
Hiei: Foi melhor
assim.
Misaki: Por
que?
Hiei: Meu jeito
é assim.
Misaki: Você
tem vergonha?
Hiei: Não
é bem isso.
Kuwabara chega à
casa de Yusuke fazendo o maior estardalhaço.
Kuwabara: Urameshi,
eu preciso te falar uma coisa!
Yusuke: Que
que foi, pastel? Fala logo e para de gritar no meu ouvido!
Kuwabara: Eu
vi o Hiei andando com um ser humano!
Yusuke: (rindo
escancaradamente) Ah, é isso?! Grande coisa, isso eu também
já vi.
Kuwabara: Se
liga, ô Urameshi! Boa coisa ele não deve estar pretendendo!
O humano que estava andando com ele é apenas um garoto!
Yusuke: (sério)
Além disso ele anda muito estranho ultimamente.
Kuwabara: (sem
entender) Mas ele sempre foi estranho.
Yusuke: Tá
certo então! Vamos falar com o Kurama, ele é o único
que consegue lhe dar com o Hiei.
Os dois ficam sérios e com ar de preocupação.
Hiei e Misaki continuam andando, Misaki para perto de um muro de pedra e senta nele, Hiei também para. Já está quase escuro.
Misaki: Você
anda muito depressa.
Hiei: Desculpe,
nem todo mundo consegue me acompanhar. (também senta no muro)
ficam um tempo sentados ali, não se encaram.
Misaki: (pensando)
Ele é diferente de todos que eu conheci até hoje.
Hiei: No que
está pensando?
Misaki: (sorrindo)
Nada importante.
Hiei: (se aproximando)
Você é meu oposto. (se aproxima mais)
Misaki: (se
afastando) Er... Vamos continuar andando? Não quero voltar muito
tarde para casa.
Hiei: (com
aquele sorriso sem vergonha) Está certo.
Eles se levantam e continuam a andar se embrenhando cada vez mais no mato.
Misaki: Pra
onde está me levando?
Hiei: Pra um
lugar muito legal.
Chegaram num lugar onde havia uma cabana bastante velha. Já estava escuro. Misaki se empolgou e abriu a porta.
Misaki: O que será que tem lá dentro?
Misaki entra, Hiei sorri maliciosamente. Dentro da cabana não tinha grande coisa, só uma mesa e uma cama caindo aos pedaços, o colchão de palha estava todo furado. Misaki fica olhando à volta e Hiei entra.
Hiei: (acendendo
uma lamparina a óleo que estava no local com chamas que saíram
da própria mão) Aqui não tem muita coisa, mas pode
servir para a gente fazer uma coisa bem divertida.
Misaki: (não
viu com o que Hiei acendeu a lamparina) O que?
Hiei: (se aproximando)
Eu vou te mostrar.
Hiei começa a tirar a camisa de Misaki, que transpira mas deixa.
Misaki: Tem
que tirar a camisa?
Hiei: (tirando
sua camisa) Tem que tirar a roupa.
Misaki fica um pouco assustado, Hiei abre a calça de Misaki, coloca a mão dentro e começa a acariciar.
Misaki: (ofegante)
O que ‘cê tá fazendo?
Hiei: (abaixando
a calça de Misaki) Tenha calma.
Hiei faz Misaki sentar na cama e lhe tira os sapatos e a calça.
Misaki: (assustado)
Para com isso!
Hiei: (tirando
o que faltava, menos a faixa da cabeça) Agora não.
Misaki: (com
cara de quem não está acreditando) Quantos anos você
tem?
Hiei: (chegando
perto) Isso é irrelevante. (fica olhando para Misaki) Deite-se.
Misaki: (arregalando
os olhos) O que?!
Hiei: Faça
isso!
Misaki se deita e vira a cabeça olhando para o lado, Hiei se ajoelha na cama tendo Misaki, que não o encarava entre as pernas.
Hiei: Olha para mim.
Misaki obedece, Hiei deita sobre ele e o beija. Misaki transpira bastante enquanto Hiei lhe beija o corpo inteiro. Depois Hiei se deita do lado dele.
Hiei: Você
não parece estar gostando.
Misaki: Eu
não sei...
Hiei: (apoiando-se
no cotovelo) Deite de bruços.
Misaki: (com
medo) Pra que?
Hiei: Você
vai ver.
Misaki se deita de bruços, Hiei abre as pernas dele e começa a... (hi, hi, hi) introduzir o... no... de Misaki (ai, eu disse!).
Misaki: (gemendo)
Tá doendo!
Hiei: Fica
calmo que para de doer.
Eles continuam naquilo por um tempo, Misaki gemia de dor.
Misaki: (gemendo)
Pára! Tá machucando!
Hiei: Cale-se!
Misaki olha para trás, vê a faixa de Hiei se desintegrar e o terceiro olho abrir.
Misaki: (chorando
apavorado) O que é isso? (grita) Eu quero sair daqui!
Hiei: Não
vai sair agora!
A pele de Hiei começa a ficar esverdeada, olhos começam a se abrir pelo seu corpo, Misaki fica cada vez mais apavorado.
Misaki: Você
não é humano!
Hiei: (rindo)
Não mesmo!
Misaki: (pensando)
Tsubasa-kun, o que eu faço?
Tomada da casa de Tsubasa, ele está estudando, pára tudo, vai até a janela e fica olhando.
Tsubasa: (pensando) Misaki-kun?
A dor e o medo eram tão grandes que Misaki fica com aquela cara de quem está em transe e para de gritar. No final da coisa Hiei geme bastante, começa a voltar ao normal, os olhos se fecham. Ele se levanta, Misaki continua deitado e chorando. Hiei fica em pé olhando com cara de "eu não acredito que fiz isso".
Do lado de fora da cabana Kurama está encostado na parede perto da porta, Hiei sai (vestido) e não percebe Kurama.
Kurama: Como
pôde?
Hiei: (arregalando
os olhos) O que?
Kurama: (se
aproximando) Ele é apenas um menino. Como pôde violentar um
menino?
Hiei: (com
raiva) Eu não sei o que deu em mim, tá legal?
Kurama: Isso
não é desculpa! (coloca a mão no ombro de Hiei) Se
você queria algo assim poderia ter falado comigo.
Hiei: (tirando
a mão de Kurama do ombro) Droga! (desaparece velozmente)
Kurama: Você
não pode continuar fugindo dos problemas.
Kurama entra na cabana e vê Misaki deitado ainda chorando, ele se vira e olha para Kurama assustado.
Kurama: Não
tenha medo, eu não vou te fazer mal.
Misaki: Quem
é você?
Kurama: Um
amigo. Se veste, eu te acompanho até em casa.
Misaki se veste e os dois saem da cabana.
Misaki: Não
precisa ir comigo, não. Tá tudo bem.
Kurama: Tem
certeza?
Misaki: Tenho.
Misaki vai embora, Kurama fica parado olhando. Misaki sai do mato, anda até perto de sua casa e pára numa cabine telefônica, telefona para Tsubasa.
Tsubasa: Alô?
Misaki: Alô,
Tsubasa-kun.
Tsubasa: É
você, Misaki-kun?
Misaki: Sim.
Eu queria muito falar com você.
Tsubasa: Pode
falar.
Misaki: Não
pelo telefone.
Tsubasa: Posso
então passar na sua casa amanhã de manhã?
Misaki: Tudo
bem.
Os dois desligam, Misaki sai com uma cara triste da cabine, vai para casa.
De manhã Misaki estava sozinho na sala. Tsubasa bate à porta.
Tsubasa: (sorrindo)
Cheguei! Cadê seu pai?
Misaki: (com
cara triste) Saiu para pintar, vai ficar o dia todo fora.
Tsubasa: Você
parece tão desanimado.
Misaki: Eu?
Não!
Tsubasa: Tá
certo! O que você queria falar comigo?
Misaki: (abraçando
Tsubasa) Não era bem falar, eu só queria vê-lo.
Tsubasa: Misaki-kun?
Os dois se olham fixamente, acabam se beijando.
Misaki: Eu gosto
de você, Tsubasa-kun.
Tsubasa: Também
gosto de você.
Misaki: Vamos
para meu quarto para conversar?
Tsubasa: Vamos.
No quarto os dois se senta na cama, Misaki passa a mão no cabelo de Tsubasa.
Tsubasa: Você
realmente está parecendo triste. Posso fazer alguma coisa para te
alegrar?
Misaki: (levantando)
Sim.
Tsubasa também se levanta. Misaki tira a roupa, Tsubasa fica olhando assustado mas acaba fazendo o mesmo.
Tsubasa: O que
nós vamos fazer?
Misaki: (abraçando
Tsubasa) Eu não sei.
Um tempo de pausa, os dois abraçados.
Tsubasa: Eu já sei.
Misaki fica parado enquanto Tsubasa se põe de quatro em cima da cama.
Tsubasa: Vem,
Misaki.
Misaki: Eu
não sei se devemos...
Tsubasa: Pode
vir.
Misaki ajoelha em cima da cama, beija o bumbum de Tsubasa que parece gostar muito. Misaki então resolve passar para os finalmentes.
Misaki: (começando)
Se doer me avisa.
Tsubasa: Pode
deixar.
Os dois ficam um tempo numa boa.
Tsubasa: (gemidos)
Misaki: Tá
doendo?
Tsubasa: Não,
tá é muito bom!
Misaki: (sorrindo)
Que bom!
O negócio fica bastante intenso (agora é com você, desenhista!). No final Misaki sua de pingar e geme as pampas, Tsubasa sorri. Misaki deita na cama parecendo muito cansado, Tsubasa olha para ele.
Tsubasa: Você
gostou?
Misaki: Sim.
Os dois se abraçam e se beijam, ficam um tempo se olhando e sorrindo.
Tsubasa: Misaki-kun,
eu também... (faz uma careta) ‘cê sabe...
Misaki: (sorrindo)
Você também quer?
Tsubasa: É...
(ri)
Misaki ser põe na posição, Tsubasa se prepara e começa, no início parece tudo bem, Misaki geme um pouco.
Tsubasa: Isso
dói?
Misaki: Só
um pouco, dá pra agüentar.
Tsubasa: Se
tiver doendo muito me fala.
Misaki: Não
se preocupa não, eu agüento.
A coisa fica mais intensa.
Misaki: (pensando, com os olhos arregalados e começando a suar)A dor tá aumentando muito!
Misaki começa a ter flashes do que aconteceu com o Hiei, protege a cabeça com os braços, começa a gemer bastante e depois a gritar.
Misaki: (chorando) Não dá mais! Pára! Pára, por favor!
Tsubasa pára tudo assustado e fica ajoelhado ao lado de Misaki que se senta na cama. Tsubasa abraça Misaki, que continua a chorar, colocando a cabeça dele em seu peito.
Tsubasa: (gaguejando)
Eu não queria machucar você, desculpa.
Misaki: (parando
de chorar) Você não me machucou, eu só fiquei com medo.
Tsubasa: Mas
por que? Medo de que?
Misaki: (desencostando
a cabeça do peito de Tsubasa) Não é nada, só
fiquei assustado com a situação.
Tsubasa: Não
faz assim, se abre comigo.
Misaki: (sorrindo)
Não se preocupe, não é nada!
Tsubasa: Tem
certeza?
Misaki: Claro!
Não se preocupe.
Tsubasa olha preocupado para Misaki que continua sorrindo.
Tsubasa: (pensando) Não consigo deixar de achar que há algo errado.
Tomada do lado de
fora, a porta se abre e Tsubasa sai seguido por Misaki.
Tsubasa: Então
tá certo! A gente se vê na escola amanhã!
Misaki: Tá!
Tsubasa sai andando meio desolado sem olhar para trás, Misaki fica um tempo olhando depois fecha a porta.
No dia seguinte Misaki
está entrando pelo portão da escola, nisso Tsubasa chega
correndo chamando por ele.
Tsubasa: Oi,
Misaki-kun! Como você está hoje?
Misaki: (olhando
para baixo) Eu? Eu tô legal.
Tsubasa: Tem
certeza? Não tá chateado com o que eu fiz ontem?
Misaki: (mais
envergonhado) Mas você não fez nada de mais.
Tsubasa: Então
está tudo bem. (pausa, fica olhando para a cara de Misaki) Acho
melhor entrarmos, o sinal vai tocar! (ri)
Misaki: É,
vamos entrar.
Os dois entram. Aparecem flashes de durante as aulas. No fim da aula Misaki sai da escola e Tsubasa aparece.
Tsubasa: Espera,
Misaki-kun! Onde você vai com tanta pressa?
Misaki: Eu
tenho que ir para casa, me desculpe.
Tsubasa: Tá
certo então... Foi algo que eu fiz?
Misaki: Claro
que não.
Tsubasa parou de andar, Misaki continuou andando.
Tsubasa: (pensando e andando para outra direção) Realmente você está estranho. Será que você não confia em mim para me dizer o que é?
Misaki anda meio cabisbaixo pelo caminho, uma sombra negra o segue.
Misaki: (pensando)
Desculpe, Tsubasa-kun! Quando eu superar isso, tudo vai voltar a ser como
antes.
Sombra: Por
que pensa tanto nele?
Misaki: (assustado)
Quem está aí? (olha para a direção da sombra)
O cara se revela, parece um ser humano, mas não é não, é alto de cabelo preto comprido, aparentando aqueles demônios de Yu Yu (aqueles bonitos).
Sombra: (olhando
Misaki de cima a baixo) Você tem um espírito especial, qualquer
demônio se sentiria atraído por ele!
Misaki: (mais
assustado) Do que está falando?
Sombra: (sorrindo
maliciosamente) Vou devorar seu espírito por inteiro!
Misaki: (transpirando)
O que??
Sombra: (aproximando-se)
Isso mesmo, vou devorar a sua alma!
Misaki: (gritando)
Não se aproxime! (vira-se para correr)
O demônio estende espécies de tentáculos das costas e captura Misaki que fica desesperado, muito mesmo.
Misaki: (gritando
desesperado) Me solta!!! O que quer de mim?
Sombra: (rindo)
Eu já falei! Agora fique quieto enquanto eu termino!
Misaki: (chorando)
Não, por favor!!
Sombra: Não
adianta implorar, eu não vou mudar de idéia.
O demônio solta uma espécie de corrente elétrica pelos tentáculos (isso deve doer muito!), Misaki sofreu à beça.
Sombra: (rindo) Esse seu sofrimento é como um delicioso aperitivo antes do prato principal!
Nem bem terminou de falar algo muito rápido passa por ele e lhe fere o rosto, quando olha para o lado vê Hiei em pé em cima de uma árvore.
Sombra: Quem
é você?
Hiei: Solte-o!
Sombra: De
que jeito vai me obrigar?
Hiei: Quer
mesmo saber?
Hiei salta na velocidade costumeira e corta os tentáculos com sua espada, Misaki cai no chão gemendo. Hiei luta com o demônio e vence.
Hiei: (se aproximando
de Misaki) Você está bem?
Misaki: (ainda
no chão) Você?!
Hiei: (estendendo
a mão) Tenha calma, eu não cometo o mesmo erro duas vezes.
Misaki aceita a ajuda receoso, depois que ele se levanta Hiei vira de costas.
Hiei: (olhando para trás) Eu não sei o porquê disso tudo, espero que um dia você possa me perdoar...
Hiei some rapidinho, Misaki fica com cara de quem não entendeu nada.
Hiei está a
beira de um penhasco, surge Kurama.
Kurama: (colocando
a mão no ombro de Hiei) Está se sentindo melhor?
Hiei: (aparentando
tristeza) Não!
Kurama abraça
Hiei e acaricia seus cabelos.
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